sábado, março 17, 2007

Beijo na boca


É um momento de silêncio,
uma partilha de desejos,
um gesto de amor,
é assim um beijo na boca.
Nele se manifestam dois corpos,
de coração aberto dois olhos se fecham,
com ele todas as defesas caem por terra,
sem ele uma paixão vive muda.
Não existe coisa melhor que um beijo na boca
partilhado serenamente com a pessoa que amamos
ao som da música "Blue eyes" de Elton John
num momento a dois, sossegado!!!

sábado, março 10, 2007

Como é bela a estação das cores, da renovação da vida


Chegou a Primavera, a estação da renovação,
com ela a natureza renasce, a vida rejúbila
numa mescla natural de sons, cheiros e cores,
chegou a Primavera, a mais bela das estações.
Mantos verdes, agora coloridos aqui e além
cobrem campos outrora despidos pela intempérie,
flores germinam como uma dança para a vida
ao som do canto afinado de um beija-flor!
Chegou a Primavera e com ela a lembrança
de um amor sereno em tempos vivido,
chegou a Primavera e com ela a esperança
de voltar a sentir a teu lado o cheiro da felicidade!
(Como a Primavera faz com a natureza, dedico este poema a todos os que conseguem na vida um momento de renovação, de um modo intenso, belo e natural...!)

sábado, março 03, 2007

Os embriagados do bar da esquina


Era mais uma daquelas noites frias e distantes,
ali estava eu sentado junto da minha pessoa
para mais um jantar num ambiente rústico e banal,
regado por um barato tinto maduro em jarro.
Numa mesa ao lado envolta em pratos usados
por fomes operárias e quase sempre oprimidas,
vozes embriagadas diluiam-se num caos
concentrado em tabaco e cheiros inconvenientes.
Os embriagados do bar da esquina
como que artistas saltibancos de arte própria
davam assim luz e côr a um lugar
não muito dado aos luxos da vida.
(O bar da esquina é o lugar onde nesta fase da minha vida, nos dias de trabalho, faço as minhas refeições, é um espaço onde o ambiente deixa muito a desejar, mas onde o preço reduzido das refeições compensa o resto. Coisas de quem tem de gerir um orçamento não muito folgado, resultado das condições dadas a um cidadão que trabalha mas infelizente não tem um título atrás do nome...!)